segunda-feira, 22 de junho de 2009

Hominis Nocturna

Hominis Nocturna


Eu, tetro herdeiro de um destino diro,
Condenado ao ostracismo destas chãs,
Sou hematófago ─ voraz vampiro ─
Duma imortalidade sem manhãs!

Cresce-me um metro, por dia, de cãs!
À noite, quando horrípilo me viro,
Com famulência de cem ramadãs,
Ah!, ninguém se oferece a dar-me um tiro!

Não vejo meu reflexo em meu espelho;
E tudo se revela como um dartro;
À vil monstruosidade me assemelho!

A minha vida é como um palco atro,
Onde o público é hirto, cego e anartro!
A minha vida é um sádico teatro!

2 comentários:

  1. Rapaz, suas poesias são lindas como a morte, cortam como faca e mexem com a alma... Tiagão, que Deus sempre te inspire, forte abraço,
    Jair Fraga

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  2. Amigo, vi este blog, otimo por sinal, no blog de um amigo e entrei para ler! gostei muito, sua arte é perfeita! meus parabens! estou te seguindo para continuar lendo outras poesias!

    Abraço

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